sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Olhar crítico

A tecnologia digital trouxe uma explosão de informações e todo mundo, de um jeito ou de outro, acaba atingido por alguma de suas ferramentas. A mídia é ferramenta criada para facilitar a comunicação de massa, e tudo vai depender do uso que se faz, podendo mesmo se transformar em arma mortífera, quando se presta ao marketing  selvagem, às difamações, sem qualquer critério moral ou ético.  Bem utilizadas, essas ferramentas são eficazes para a propaganda e publicidade sem ferir seu público-alvo com boatos e mentiras.
La therapeute, de Renné Magritte
Neste fantástico universo humano, podemos observar que líderes políticos, dotados de entusiasmo, carismáticos, são alvos fáceis para uma oposição sem princípios. Para tentar entender esse processo é necessário levar em conta ideologias, contribuições da memória, conjunturas sociais e econômicas.

Esta geração cresceu num Brasil autoritário, e somente o tempo e o exercício da democracia poderão levar-nos a compreender que nossas escolhas são reflexos de nossa consciência, e o compromisso que assumimos ao escolher nossos representantes é o mesmo que assumimos com nossa existência.

Assim, alguns se identificam mais com o humanismo, outros com a democracia, outros ainda com o autoritarismo, com o socialismo e, lamentavelmente, há também os que se identificam com a arrogância, com a boçalidade imediatista, com a baderna desorientada.

2 comentários:

  1. Este é o comentário do Helio Macedo, postado no Facebook:
    "Marley, captei sua mensagem em gênero, número e grau. Seu texto, como sempre é impassível de censura, contudo e com respeito ao mesmo, é que entendo o vão esforço de sua tese na defesa de quem deveria, de fato, ser acusado. (minha singela opinião). Todos tem direito a ampla defesa (norma constitucional), todavia, as vezes o réu não ajuda pelas próprias reiterações de seus erros, o pior, é quando contaminado de arrogância não os reconhece. Acho bonito e até divino (servindo pra qualquer um) quando a pessoa diz: errei, peço desculpas/perdão. Na minha profissão, deparo-me com clientes assim, outros contudo, parecem querer tapar o sol com a peneira, e mais, acha que todos somos bestas, e só ele é o esperto, ainda, acha que o mundo só gira por sua causa, que o sol só nasce por ele mandou; e se chove e por conta de sua vontade e ai vai. Marley não concordo com calúnias e agressões a quem quer que seja, mas entendo que determinadas pessoas/instituições, infelizmente, só entendem este tipo de comunicação, até porque, quando estão na oposição agridem, xingam, avacalham etc, de forma indelével, no entanto, quando assumem o poder não admitem critica, coisas próprias dos ditadores. Saudades tenho da antiga Grécia, onde se tinha lugar até para xingar os Deuses, ou seja, as pessoas tinham o direito pleno de exporem suas ideias. É triste saber, voltando ao Brasil, que ganhará as eleições o que mais macular a imagem do outro, numa briga eterna do capeta contra o coisa ruim, onde no final só quem ganha é o inferno, como dia o saudoso Leonel Brizola. Marley, se você candidatar não precisa pedir meu voto, pois eu é que pedirei a vc a honra e o prazer de, genuflexo, concedê-lo. Assim, enquanto pensas nisso, digo eu a ti, "RUMO A ROMA”"

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  2. Dificilmente pessoas como eu se candidatam a alguma coisa, nem a síndica...Só os conchavos que teria que fazer, maculariam o que penso de mim (sou generosa comigo, rsrsrs) . Não defendo candidato, nem partido, Hélio. Temos aí candidatos que se afinam mais ou menos com nossa maneira de ser por suas correntes ideológicas. Como advogado criminalista você sabe, mais que nós simples mortais, que o ser humano é – por natureza – ladrão e assassino. Somos animais e nossa melhor tentativa é nos afastar dessa condição, sublimar nossos instintos. É isso que faço, e consciente de que se estiver em condição semelhante não posso garantir que teria comportamento diferente. Todos nós temos um Hittler dentro. É só uma questão de encontrar um campo fértil para que ele se manifeste.
    No caso específico a que você alude, tenho de um lado uma corrente neo-liberal, que transforma educação e saúde – duas grandes necessidades no país – em produtos à venda. Do outro, uma tendência mais social. Não há como negar que necessidades imediatas da disputa eleitoral borram as nuances mais fascinantes dos candidatos (no caso aqui me refiro à Marina) e só o fato de o PT (Lula) ter chegado ao poder, já significa uma grande mudança simbólica.
    Conhecemos nossa história, você, assim como eu (em que pese nossa pequena diferença de idade) vivemos a ditadura e o AI-5, lutamos pelas Diretas Já, derrubamos o primeiro presidente eleito pelo voto popular com um impeachement (hoje sabemos que nem tudo que ele fez estava errado), e passamos a viver uma nova época. No final do governo de FHC a meta era o salário mínimo atingir os 100 dólares. Hoje o salário mínimo é de US 300. As indústrias não fugiram daqui como previu a Fiesp.
    Corrupção? É, isso é um caso sério. Fico feliz em saber que os PTralhas foram julgados e condenados. Faltam ainda os Tucanalhas e os Democrápulas (adoro esses termos). Apenas para dizer, que em todos os partidos é o ser humano que atua. Em todos tem bandidos e gente boa e acho que a Presidência da República pouco pode fazer.
    E por ser de minha área de atuação, fico chateada em ver o atraso institucional brasileiro em termos de comunicação política. A Veja, por exemplo, fez – merecidamente – 12 capas sobre o mensalão. E nenhuma sobre o Metrô de São Paulo, que pela proporção, faz o mensalão parecer coisa de trombadinha. Esse desserviço cria ambiente favorável para transformar o povo em massa de manobra. A campanha difamatória que acompanha a Dilma me faz pensar ainda mais...
    Quanto á sua saudade da Grécia, aqui não é o Olimpo, mas pode se expressar à vontade. A diversidade brasileira não cabe na minha simples opinião.

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