sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A Marcha da Vitória

Boulevar Bonne Nouvelle, Paris de Edouard Leon Cortes (1882-1959)
Temps de commencer n'existe pas, il ya un esprit qui ne se plie pas aux obstacles. L'espoir de reconstruction. Au Brésil, le printemps rempli de couleurs et de parfums scénarios, mais Marie a vécu sa meilleure automne. Confiant, sortant, a estimé que, finalement vidé l'intérieur d'attirer de nouveaux prospects, faire de vieux rêves. Tout ce qui a vécu lui a apporté de nouvelles sources d'inspiration. L'odeur que dégage cette ville a pour effet de l'encens: les transports à l'essence de votre être qui aime l'exercice quotidien de voir au delà des apparences. Comme une symphonie qui touche votre âme. Elle a encore du chemin à faire, mais vivre à la fin de cette expérience inédite. sans précédent. "Non indagues si nos routes, la météo et le vent, tombent dans l'abîme. Que savez-vous de la fin? "(Menotti Del Picchia)

É. A caminhada da Tour Eiffel ao l’Arc de Triomphe é longa e tive tempo para me lembrar de Maria, até porque fomos por uma rua, cujo nome me remetia ao meu purgatório. Não conseguiu estragar o passeio, mas me fez ficar mais introspectiva. Somando ainda que o tempo vai passando e a gente vai ficando mentalmente cansada, pela quantidade de informação que recebe com todos os sentidos. Então faço essa caminhada em silêncio na companhia de Maria. Até a voz que vem de dentro, para ser ouvida, precisa de silêncio.  É no silêncio que a palavra toma forma. É no silêncio musical que me sento diante do computador, na tentativa de partilhar um pouco daquilo que vou coletando na vida. Aqui falo sozinha também. Alguns me leem, mas não interagem, não ouço suas concordâncias ou discordâncias.  Mas Maria e eu somos como as duas velhinhas que se visitam toda semana, ficam horas juntas e não dizem uma só palavra, não porque não tem o que dizer, mas porque o que trazem para a partilha não cabe em palavras. Ainda assim, vivo tentando colocar sentimentos em palavras, preciso delas para viver a magia que está nos intervalos silenciosos que há entre elas. É nesse silêncio que se ouve a melodia que não há.

Assim, aquela caminhada se torna simbólica. Marchava para o triunfo. Muitas vezes a felicidade está na compreensão e visão da beleza da vida. Para aprender a viver é necessário romper velhos hábitos, renovar ideias, ter certeza de que tudo se transforma. Nem sempre consigo cumprir as metas programadas, menos ainda, no tempo e espaço planejado. Por mais que tente ser senhora de meu destino, há sempre o inesperado a surpreender.  Quando digo ser senhora do destino estou me referindo à prática mental, à disciplina e, principalmente, à qualidade dos pensamentos. Se sempre cultivar pensamentos positivos é certo que atrairei coisas positivas. É com pensamento de luz, de fé, de confiança que chego ao Arco do Triunfo. Sem nenhuma dor física, nem emocional. Com gosto de vitória, tendo legitimado as dificuldades e pausas que fazem parte do caminho que escolhi seguir, com a satisfação do dever cumprido, a serenidade e a compreensão de ser e estar. Sempre haverá mistérios que não vou conseguir desvendar, situações que não vou compreender, motivos sem justificativas, mas fica a certeza de que não sou esta carcaça de ossos e carnes. Não preciso brigar com a existência. Bom mesmo é viver.  Afastar-se do cotidiano, às vezes, permite novas reflexões.












O passeio pela Champs  Eysée foi tranquilo.  Vitrines cheias de ilusões que não me fisgaram em minuto algum, a não ser no olhar pela beleza que representavam. Sentia que estava apoiada no tripé sabedoria, força e beleza e tinha a perspectiva simbólica do momento.  Chegamos ao Grand Palais, onde o passeio começou e pegamos o metrô até à Praça da Concórdia. E de lá para casa!
 Foi um dia perfeito.







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