quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Tempo da delicadeza

Le Crepuscule, de Willian Bouguereau
Às vezes ele me falta, outras parece que ele corre, outras ainda parece que se estanca...não passa. Ah! Como gosto de falar do tempo. Da incoerência humana em sua incansável briga com o tempo.  Depois de ter a certeza que já vivi pelo menos 2/3 de minha vida (pode ser mais, mas vamos ser otimistas...) fico pensando no tempo e nos limites que ele nos impõe.

Neste aprendizado que não acaba, às vezes me pego tomada de saudade de outros tempos, de quando era jovem e o mundo era pequeno demais para abrigar meus sonhos e ideais. Deixo então que o pensamento corra solto, sem qualquer repressão. Sinto que preciso recorrer ao entusiasmo da juventude para não deixar morrer sonhos possíveis de serem realizados no final da vida madura e entrada para a velhice.

As escolhas que fiz, escreveram minha história e continuarão a escrever, talvez com mais serenidade, mais sabedoria, menos ansiedade, mas continua sendo minha história. Ainda estou aqui, agora, disponível para entender que tenho tempo para mudar. Os arroubos dão lugar à compreensão e a intolerância encontra aconchego na ternura. A vida adquire o peso da justa medida.  Nesta caminhada, sempre interior, identificando e analisando cada situação vivida, cada valor cultivado, cada batalha perdida, percebo que a esperança mora no futuro.

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