Le Crepuscule, de Willian Bouguereau |
Às vezes ele me falta, outras parece que ele corre, outras
ainda parece que se estanca...não passa. Ah! Como gosto de falar do tempo. Da
incoerência humana em sua incansável briga com o tempo. Depois de ter a certeza que já vivi pelo menos
2/3 de minha vida (pode ser mais, mas vamos ser otimistas...) fico pensando no
tempo e nos limites que ele nos impõe.
Neste aprendizado que não acaba, às vezes me pego tomada de
saudade de outros tempos, de quando era jovem e o mundo era pequeno demais para
abrigar meus sonhos e ideais. Deixo então que o pensamento corra solto, sem
qualquer repressão. Sinto que preciso recorrer ao entusiasmo da juventude para
não deixar morrer sonhos possíveis de serem realizados no final da vida madura
e entrada para a velhice.
As escolhas que fiz, escreveram minha história e continuarão
a escrever, talvez com mais serenidade, mais sabedoria, menos ansiedade, mas
continua sendo minha história. Ainda estou aqui, agora, disponível para
entender que tenho tempo para mudar. Os arroubos dão lugar à compreensão e a
intolerância encontra aconchego na ternura. A vida adquire o peso da justa
medida. Nesta caminhada, sempre
interior, identificando e analisando cada situação vivida, cada valor
cultivado, cada batalha perdida, percebo que a esperança mora no futuro.
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