A Arte e a Literatura, de Bouguereau |
Diante dos contrastes que o mundo me apresenta, posso
escolher como viver nele, como me adaptar às contradições humanas e se saber se
tenho a serenidade necessária para não me deixar magoar, nem ser dominada pela
vaidade, paixão, ou ganância. Deus me deu o dom da palavra escrita e esta é a
única forma que tenho para quebrar a barreira do silêncio e deixar minha voz
ecoar na imensidão do universo. Hoje tenho a convicção de que o que me move não
é o poder da propaganda, mas a ética que norteia a prática e a estratégia para
a realização de um objetivo comum. Minha ação é pensada no sentido do bem estar
coletivo. Às vezes é preciso silenciar a palavra.
Rhapsody, de Leonid Afremov |
Para silenciar vozes externas preciso sempre de uma boa
música. Não entendo de música, sou desafinada, mas a música exerce em mim magia
e poder de evocar lembranças, criar imagens e mexer com minhas entranhas.
Quando o ritmo é vibrante me desafia a dançar, sacudir o corpo, acompanhar a
percussão com os pés. E outras me trazem paz e serenidade. Então quando
seleciono o que quero ouvir, de alguma forma, seleciono o que minha alma deseja
sentir, ou melhor, adquiro o passaporte para viajar para fora e dentro do
mundo. A música me tira do cotidiano e me transporta para uma aventura
desconhecida, mas muito familiar, de descobrimento e encantamento interior.
Importante também é constatar que além disso, a música me traz o reconhecimento
das verdades alheias, da aceitação e tolerância das diversas linhas de
pensamento.
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