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Unter den Linden in Berlin, Anna Bilinska-Bohdanowicz (1857-1893) |

Os passeios em Berlim foram
históricos. Hospedamos bem pertinho da Alexander Platz e fomos recepcionados na
gare por dois artistas que tocavam e dançavam. Não sei dizer de onde eram. Eu
até diria que eram meio ciganos, meio hyppies, mas que transmitiam alegria.
Começava a mudar minha impressão dos alemães. Não é só porque tinha dois
artistas na praça, mas porque tinha gente da cidade apreciando os dois, dando
moedinhas. Acho que os que filmavam e fotografavam eram turistas. E embora em
todo lugar a gente ouvisse alguém falando em português, ali, a maioria falava
alemão mesmo.
De todo jeito procuramos viver um
pouco da cidade. O Café da Manhã no
Hotel era 18 euros. Então saímos e nos fartamos no Back Factory. Minha boca ainda enche de água quando me lembro do sabor dos pães, croissants, donnuts, pretzels. Aliás, amei os pães da Europa. Tomei chocolate quente. Andamos a pé e também pegamos metrô. Comprávamos o ticket, validávamos, e ninguém nas roletas para conferir. É, mas se um fiscal pedir para ver o ticket e você não tiver, a multa, dizem, é bem cara. Então, no metrô, a preocupação era não perder o ticket até que chegássemos ao destino. Fizemos compras e tivemos que andar todo o passeio carregando as sacolas, mas valeu a pena. Impossível passar diante das lojas e ver coisas incrivelmente baratas, mesmo em euro, e não se sentir atraída. Pelo menos em alguns aspectos não posso esquecer que sou mulher e no mundo feminino, vitrine está incluída.
Hotel era 18 euros. Então saímos e nos fartamos no Back Factory. Minha boca ainda enche de água quando me lembro do sabor dos pães, croissants, donnuts, pretzels. Aliás, amei os pães da Europa. Tomei chocolate quente. Andamos a pé e também pegamos metrô. Comprávamos o ticket, validávamos, e ninguém nas roletas para conferir. É, mas se um fiscal pedir para ver o ticket e você não tiver, a multa, dizem, é bem cara. Então, no metrô, a preocupação era não perder o ticket até que chegássemos ao destino. Fizemos compras e tivemos que andar todo o passeio carregando as sacolas, mas valeu a pena. Impossível passar diante das lojas e ver coisas incrivelmente baratas, mesmo em euro, e não se sentir atraída. Pelo menos em alguns aspectos não posso esquecer que sou mulher e no mundo feminino, vitrine está incluída.


Ainda nevou duas vezes nesse dia.
Numa corrida para nos esconder da neve, em uma galeria, encontramos umas jovens
fazendo o mesmo e falando em português.
Como sempre, sou conversadeira, logo perguntei às meninas de onde eram.
Era o Brasil representado ali: do Sul (Curitiba e uma cidade de Santa Catarina
que me esqueci o nome agora) , de Mato Grosso do Sul (Dourados), do Rio e de
Fortaleza. Participavam do programa Ciência Sem Fronteiras na Espanha, estavam
em férias e aproveitavam para conhecer outros países da Europa. Esse é o Brasil
que eu vivo. Um país que abre portas e dá oportunidades. Não tinha isso quando
eu era jovem e queria estudar na Sorbonne e tem gente que diz que o Brasil vai
de mal a pior. Mas esse é outro papo.

E onde esteve Maria esse tempo
todo que não veio me socorrer? Não veio me ajudar a processar o que estava
acontecendo comigo? Meu Deus! Só então é que me dou conta que deixei Maria em
Amsterdam...
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