Acordo com a sensação de que ouço “parabéns prá você”, mas é
só uma sensação e então eu canto baixinho. Claro que há um motivo. Sempre há um
motivo. Maria conseguiu me alcançar na viagem de Praga a Viena. Eu precisava
compartilhar com ela a paisagem coberta de neve, mas cumpriríamos o nosso pacto
de curtir o passeio e deixar as questões profundas para outras ocasiões. Ela
estaria ali, tão alegre e satisfeita como eu, colhendo materiais que
compartilharíamos depois em outras ocasiões ou quando fossem necessários evocá-los
à consciência.
Do metrô ao hotel dava para
perceber que em Viena a primavera ainda não se instalara. A paisagem cinzenta,
árvores sem folhas, contrastavam com a exuberância e luxo de suas construções.
Viena é uma cidade linda! Facilmente se percebe que é rica também culturalmente,
a ponto de ouvir meninos/adolescentes sentados em banco de praça e assobiando
um clássico nada popular.
Chego ao hotel louca para tomar
banho e trocar de roupa. Tinha derramado leite na roupa, durante o café da
manhã em Praga e estava com cheiro azedo. Um banho rápido e revigorante. Estava
pronta para sair. Tento contato em casa, mas não consigo conexão com o Wi-Fi do
hotel, só mesmo na rua. Vários locais oferecem a conexão free. Neva um pouco e
logo para. Então seguimos para conhecer Viena. Passamos por praças, pela
Universidade, Igreja de São Pedro e encerramos esse dia no Palácio de
Belvedere.
Uma escultura muito estranha, moderna. Fotografei-a por todos os ângulos , honestamente, não consegui entender o que ela pretendia dizer, o que fazia ali, que justificativa poderia ter em colocar uma coisa tão feia na frente do palácio barroco mais bonito do mundo. Enfim, procuraria saber alguma coisa a respeito na internet. Não achei!! No Palácio de Belvedere está o maior acervo de obras de Klimt. Podia estar lá também a escultura de Canova – Eros e Psiquê – que também ilustra histórias de Maria, ainda quando ela se sentia fortemente ligada aos deuses do Olimpo e se misturava ao arquétipo de Deméter. Essa obra está no Louvre.
Uma escultura muito estranha, moderna. Fotografei-a por todos os ângulos , honestamente, não consegui entender o que ela pretendia dizer, o que fazia ali, que justificativa poderia ter em colocar uma coisa tão feia na frente do palácio barroco mais bonito do mundo. Enfim, procuraria saber alguma coisa a respeito na internet. Não achei!! No Palácio de Belvedere está o maior acervo de obras de Klimt. Podia estar lá também a escultura de Canova – Eros e Psiquê – que também ilustra histórias de Maria, ainda quando ela se sentia fortemente ligada aos deuses do Olimpo e se misturava ao arquétipo de Deméter. Essa obra está no Louvre.
À noite assisto, ao vivo, pela
tevê, um concerto em homenagem a Vivaldi na Catedral de Santo Estevão. Na
segunda feira, se não se incomodar de ficar em pé, o concerto é gratuito. Para
assistir sentado é pago. Um lugar mediano custa 30 euros. E pela manhã, ao
descer do metrô os músicos da orquestra fazem outro tipo de espetáculo. Estão
todos vestidos como cavalheiros medievais e vendendo ingressos. São simpáticos
e insistentes. Tentam comunicação de todas as formas, em inglês, francês e
espanhol. Fui abordada em francês... e meu irmão em espanhol. Porque será? Acho
que ele já estava usando um gorro peruano.
Mas não posso deixar de constatar que a vida de músico é difícil em todo
o mundo. Reservei um post só para falar como a música me atingiu nesses dias
europeus.
Rudolf Von alt |
Uma
visita rápida na casinha de Sissi, como diz a Adélia, completa o encantamento.
O Palácio de Schönbrunn, da dinastia dos Habsburg, cujos ramos chegaram até o
Brasil com a família imperial. Essa dinastia imperou por mais de 600 anos em
grande parte dos países Europeus. Para saber a história vai aqui: http://www.viagensimagens.com/cast_schonbrunn.htm
.
Sissi, de Franz Xaver Winterhalter |
Em Bratislava, principalmente,
pude ver que Sissi, a Princesa de Wittelsbach, depois coroada Rainha da
Hungria, ocupa um lugar carinhoso e de admiração até hoje. O tempo era curto e
antecipadamente foi combinado que entraríamos apenas no Palácio de Versailles.
Passamos a manhã toda, com neve caindo de vez em quando, só na parte externa do
Palácio e assim mesmo não vimos tudo. As esculturas no jardim eram vistas, não
podiam nem ser admiradas em seus detalhes. Meus olhos estavam cheios da beleza,
da leveza das esculturas em mármores. Sabe o que é dar forma e leveza a um
material tão duro? Esse espetáculo visual era bem semelhante ao que encontraríamos
em Versailles. O Dedé tinha razão: teríamos que escolher, porque viu um, viu
todos, já que detalhes e diferenças dificilmente seriam percebidos em pouco
tempo. Só o valente Marcelo subiu a colina para filmar o Monumento Gloriette, local
que parecia o pavilhão de caça. Optamos em ver o filme. Atravessar os jardins
(ainda não floridos, mas já desenhados e plantados) já seria um exercício bem
grande e ainda teríamos que fazer o Ringstrasse. Uma visita ao centro
histórico, teatro nacional, Museums Quartier (complexo de museus, cafés, lojas
e restaurantes, espalhados por uma praça onde acontecem shows e outros eventos,
é um dos grandes representantes da Viena moderna).
Viena também estava vista, com
uma ressalva: seria uma cidade para ser revisitada. Vou rever todos os filmes
da história da Áustria. Fomos em Graz e eu adorei a cidade também. Viena
em estilo cidade de interior. Mas essa é outra história.
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