Maria é mulher, fala de vida, de experiência, de sentimentos, de sexo, de lições e apreendizado, um universo identificado por qualquer mulher (e até mesmo homem). Ela sou eu, a outra, todas elas, qualquer mulher, uma mulher qualquer. É a mãe, a dona de casa, a profissional, a prostituta, a religiosa, a vencedora, a fracassada, a lutadora, a cansada, a jovem, a velha, a sábia, a louca. Não é Maria por acaso.
domingo, 7 de novembro de 2010
Somente Hoje
Somente hoje
Hoje
Que os risos das crianças cessaram
Que o festivo badalar dos sinos foram esquecidos
Que mãos ansiosas buscaram o nada
Hoje
Que ando sem caminhar
Que turbilhão de ontens se misturam
Com indecisos amanhãs
Que vozes soam sem nada dizer
O hoje sem expressão
Bocas caladas e medrosas
Heróis sem medalhas
Olhares ardentes mortos no silêncio
Hoje
Retiro meus olhos
Dos sinaleiros da vida
Dos famintos deitados na avenida
E penso na flores...
Vejo então uma pétala caída
O sonho, a pétala
Eu, a Vida
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