domingo, 7 de novembro de 2010

Somente Hoje




Somente hoje

Hoje
Que os risos das crianças cessaram
Que o festivo badalar dos sinos foram esquecidos
Que mãos ansiosas buscaram o nada

Hoje
Que ando sem caminhar
Que turbilhão de ontens se misturam
Com indecisos amanhãs
Que vozes soam sem nada dizer

O hoje sem expressão
Bocas caladas e medrosas
Heróis sem medalhas
Olhares ardentes mortos no silêncio

Hoje
Retiro meus olhos
Dos sinaleiros da vida
Dos famintos deitados na avenida
E penso na flores...
Vejo então uma pétala caída
O sonho, a pétala
Eu, a Vida

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