James Shannon |
Ainda é primavera no coração de Maria. As manhãs são sempre
barulhentas. Gorgeios de pássaros e cigarras começam muito cedo. No ar o cheiro
de flores toma conta do ambiente. A cidade se veste inteira de flamboyants e
bougainvilles de coloridos vivos. Os canteiros das avenidas readquirem seu
verde intenso e se enfeitam de sempre-vivas, margaridas, azaléias, campânulas,
petúnias e flores típicas do cerrado. Um brinde aos olhos do caminhante
desatento. Não é possível ignorar tanta beleza.
Naquela praça, naquele ponto perdido em algum lugar do espaço,
as diferenças não mais existem. Não existe velho, nem novo. Não existe feio ou
bonito, não existe perto nem longe. Apenas o mar de sentimentos tão intensos e
imenso quanto o tempo que os separou. Nesse instante mágico são apenas dois
amantes apaixonados alimentando o espírito e celebrando a vida, o renascimento,
o reencontro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário