The lady of shalott, de J. W. Waterhouse |
Muitas vezes a convivência com
Maria é insuportável, mas se atentar para o senso de justiça e perceber que ela
não atropela princípios como se fosse algo natural, a viagem fica mais animada.
É possível olhar a vida por ângulos virtuosos e até encontrar humildade
necessária para aprender com os outros. Maria é solitária, mas aprendeu a focar
nos talentos das pessoas e por isso não consegue mais ter o radicalismo daqueles
que são, acima de tudo, individualistas. Pode até parecer paradoxal uma pessoa
ser tão só e ter um pensamento coletivo. É a vida que providencia suas
experiências.
No encontro com a dor, ela
percebe que sua riqueza está na boa dose de bom humor. Encara as dificuldades com
a certeza de que tudo passa. Não é apenas a força que impulsiona suas atitudes,
mas é também a preparação que se impõe para o passo seguinte: entender a
mudança. Nada permanece o mesmo depois que compreende que é a travessia que lhe
traz felicidade, não o destino. Assim, todas as decepções, dúvidas, desânimo
fazem parte da história que escreve.
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