sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Tristeza que dói

"Maria Madalena" – de Bartolomé Esteban Murillo

Há muito tempo não me sinto como estou hoje, tanto física, como mentalmente. Os últimos dias não foram risonhos. Não existem palavras que consolem a dor da perda, a tristeza dolorida, a saudade sem endereço, o medo que não sei de quê. O medo, por si só, já é sofrimento. Natural, portanto, essa angústia generalizada e sem motivo aparente, mas que assusta. Angústia que desequilibra a dinâmica psicológica, provoca transtornos mentais e dá sensação de aperto no coração. Estou convicta que essas sensações fundamentam a condição humana diante da liberdade absoluta, da vida ou da morte, o que, por sua vez, não me dá (nem a ninguém) autoridade para qualquer julgamento. Nem todo o conhecimento do mundo seria capaz ou suficiente para me representar diante do abismo da identificação. Nem mensagem de autoajuda. Passear na minha alma nestes momentos é um risco. Sinto cansaço profundo.



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