segunda-feira, 9 de junho de 2014

Oh de casa!



On the roof of Paris, de Marc Chagall
Às vezes as atividades cotidianas me afastam de momentos  de intimidade  comigo, e quando sobra um tempinho, percebo que estava com saudades de mim. Assim, hoje, resolvi dar um passeio por dentro.  Revisitar,  no tempo e no espaço, antigos sonhos e realidade.  Apaziguar sentimentos, lançar luzes e novas compreensões sobre fatos da vida, aceitar o que está pronto e não pode ser mudado, encher-me de coragem para ainda promover mudanças. Não é fácil cumprir todas as tarefas, o tempo estratifica conceitos, mas se o corpo pode envelhecer, quero me manter jovem mentalmente, ter abertura para compreender o novo e, em especial, dar-lhe o espaço necessário para crescer e se realizar. Em uma dessas gavetinhas reencontro minhas emoções e percebo a necessidade de ampliar o contato com a vida universal, bebendo em fonte de águas puras.  Não preciso me angustiar com o futuro, nem camuflar meus medos, nem nadar contra a correnteza. Minha vida se tornou um exercício de humildade, de disciplina, de constância naquilo que faço. Enfim, posso circular em meu interior com coragem e confiança, sem precisar me esconder no silêncio.

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