On the roof of Paris, de Marc Chagall |
Às vezes as atividades cotidianas
me afastam de momentos de
intimidade comigo, e quando sobra um
tempinho, percebo que estava com saudades de mim. Assim, hoje, resolvi dar um
passeio por dentro. Revisitar, no tempo e no espaço, antigos sonhos e
realidade. Apaziguar sentimentos, lançar
luzes e novas compreensões sobre fatos da vida, aceitar o que está pronto e não
pode ser mudado, encher-me de coragem para ainda promover mudanças. Não é fácil
cumprir todas as tarefas, o tempo estratifica conceitos, mas se o corpo pode
envelhecer, quero me manter jovem mentalmente, ter abertura para compreender o
novo e, em especial, dar-lhe o espaço necessário para crescer e se realizar. Em
uma dessas gavetinhas reencontro minhas emoções e percebo a necessidade de
ampliar o contato com a vida universal, bebendo em fonte de águas puras. Não preciso me angustiar com o futuro, nem
camuflar meus medos, nem nadar contra a correnteza. Minha vida se tornou um
exercício de humildade, de disciplina, de constância naquilo que faço. Enfim,
posso circular em meu interior com coragem e confiança, sem precisar me
esconder no silêncio.
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