terça-feira, 15 de julho de 2014

O som do silêncio


Venus and the Sleeper, de Steven J Levin

Há dias barulhentos e há dias silenciosos. Dias em que as palavras morrem sufocadas no desejo de apenas observar. A visão crítica sobre o mundo e as pessoas desenham minha estrada para o silêncio: a má vontade em procurar algo novo, a sensação de já ter visto tudo, as reprises com personagens diferentes, o mundinho em que os indivíduos se fecham como donos da verdade... Estou parecendo ser dona da verdade, não é mesmo? É por isso que treinar o olhar me leva ao silêncio. São pequenas verdades e, no entanto, tão minhas, tão íntimas, que partilhá-las me parece incoerência. Vale para o que vivo, vale para o que sinto. Tagarelar sobre minha vida interior pode despertar dúvidas sobre minha sanidade mental. A vida vem e vai, pende para um lado, para outro, mas algumas experiências nos transformam para sempre. Está claro para mim que a maior batalha é travada comigo mesma, todos os dias. Nem ir além, nem ficar aquém do que é necessário para sobreviver e conviver.

Venus and the Sleeper, de Steven J Levin

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