Venus and the Sleeper, de Steven J Levin |
Há
dias barulhentos e há dias silenciosos. Dias em que as palavras morrem
sufocadas no desejo de apenas observar. A visão crítica sobre o mundo e
as pessoas desenham minha estrada para o silêncio: a má vontade em
procurar algo novo, a sensação de já ter visto tudo, as reprises com
personagens diferentes, o mundinho em que os indivíduos se fecham como
donos da verdade... Estou parecendo ser dona da
verdade, não é mesmo? É por isso que treinar o olhar me leva ao
silêncio. São pequenas verdades e, no entanto, tão minhas, tão íntimas,
que partilhá-las me parece incoerência. Vale para o que vivo, vale para o
que sinto. Tagarelar sobre minha vida interior pode despertar dúvidas
sobre minha sanidade mental. A vida vem e vai, pende para um lado, para
outro, mas algumas experiências nos transformam para sempre. Está claro
para mim que a maior batalha é travada comigo mesma, todos os dias. Nem
ir além, nem ficar aquém do que é necessário para sobreviver e conviver.
Venus and the Sleeper, de Steven J Levin
Venus and the Sleeper, de Steven J Levin
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