Venus and Adonis, de Jacopo Amigoni |
Vênus e Adônis é um poema de Shakespeare e insinua uma
alegoria moral, na maneira da mitologia. Vênus representa a si mesma como
deusa, não somente da paixão erótica, mas também do amor eterno conquistando o
tempo e a morte. Porque Adônis perversamente recusa esse ideal, Vênus conclui
que a beleza humana deve perecer e que a felicidade humana deve ser sujeita ao
infortúnio. Vênus e Adônis são porta-vozes de atitudes contrastantes diante do
amor.
Vênus, por exemplo, alerta Adônis da necessidade de precaução ao perseguir o
javali, opina que “O perigo planeja mudança; a argúcia espera com medo”. Adônis
suplicando o seu despreparo para o amor, cita analogias de triviais: “Nenhum
pescador exceto o girino imaturo reprime / A suave ameixa cai; o verde crava
rápido”. No âmago, seus argumentos são usualmente convencionais. Vênus encoraja
se apegar ao momento do prazer. “Faça uso do tempo, não deixe a vantagem
escorregar; / A beleza dentro de si não deve ser desperdiçada”. Adônis pleiteia
tempo para amadurecer.
Assim, nenhum competidor ganha o argumento.