terça-feira, 9 de abril de 2013

O Guaraná


de Dom Aquino Corrêa


O avô amanhecera aquele dia,
taciturno e tristonho.
Entanto, airosa,a neta vai à flor de fina grosa,
ralando o guaraná, com maestria.

E feita assim, por suas mãos de rosa,
numa salva de prata luzidia,
quão pura e perfumada não sorria,
no cristal, a bebida milagrosa!



Sorve-a o velhinho e ao seu influxo brando,
que desvanece as apreensões secretas, 
foi-se-lhe o coração resserenando.

E dentro em pouco, entre gentis carinhos,
recordando risonhas historietas,
brincava alegremente com os netinhos!


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