Maria é mulher, fala de vida, de experiência, de sentimentos, de sexo, de lições e apreendizado, um universo identificado por qualquer mulher (e até mesmo homem). Ela sou eu, a outra, todas elas, qualquer mulher, uma mulher qualquer. É a mãe, a dona de casa, a profissional, a prostituta, a religiosa, a vencedora, a fracassada, a lutadora, a cansada, a jovem, a velha, a sábia, a louca. Não é Maria por acaso.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Água Viva
Era uma vez uma mulher que sonhava com seu amado a bater à porta, espetado pelos espinhos das roseiras do seu jardim, com a cabeça orvalhada e gotejando sereno. Queria passear com ele no canteiro dos bálsamos para colher folhas de mirra. Ela era como um jardim fechado, uma fonte lacrada. Seu corpo exalava desejo, bailava em seus delírios sentindo-se contemplada. Acordava ouvindo coro de anjos, em êxtase. Era sim, uma fonte que jorrava água viva. Não abriu a porta. Entrou na dança do tempo.
Moral da História: Se flores não brotam, o tempo da poda sempre chega.
Imagem: Demenico Zampieri - Maria Madalena em glória - 1620, Museu Hermitage
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